Figura nas Inquirições de 1258 e tem foral manuelino de 15 de maio de1514. Foi vila e sede de concelho até 1836 passando, posteriormente, ao de Midões, até 1853 e depois ao de Tábua. Foi priorado de apresentação da Sé de Coimbra. O seu nome era Oliveirinha do Prado, passando para a designação atual em 18-01-1906. Vila Nova de Oliveirinha é cheia de recantos e encantos que vale a pena também descobrir, destacando-se a Igreja Paroquial que tem como titular S. Miguel. Apesar da data inscrita no portal, 1835, não é a da sua construção, mas sim de alguma intervenção. Aliás, sabemos que antes desse ano, em 1822 a «igreja já se achava em ruína há 36 anos, não se efetuando nela o culto. O edifício apresenta, nos alçados exteriores, paredes pintadas de branco e um friso lítico aparelhado na extremidade inferior, colocado na fachada principal e na torre sineira no lado esquerdo da mesma. Apesar de ser uma reconstrução do séc. XIX, os seus retábulos, tanto o principal como os laterais, são barrocos. Destacam-se também, ao nível do património religioso a capela de Nossa Senhora do Loreto, ermida que se edificou em 1676, e a capela de S. João de finais do século XIX.
Também o jardim onde o povo de Vila Nova de Oliveirinha presta homenagem aos mortos da I Grande Guerra, 1914-1918, através do monumento lá instalado, merece ser visitado. Trata-se de um pilar votivo, legendado em várias faces, encimado por uma estrela. A memória apresenta várias legendas epigrafadas. Mas uma das maiores atrações de Vila Nova de Oliveirinha é a Festa dos Carolos, que começou por se chamar “A Festa do Bodo” há cerca de 90 anos. A miséria era muita tanto em Vila Nova de Oliveirinha como nas terras circundantes. Uma senhora com grande poder, de nome Maria Augusta da Fonseca, resolveu dar pelo menos, uma vez no ano, um bocadinho de mais fartura às pessoas. Resolveu fazer carolos no pátio de sua casa. Os carolos eram benzidos no adro da igreja e distribuídos ao povo de Vila Nova de Oliveirinha, sempre no dia 8 de maio ou na semana a seguir. Esta festa passou a realizar-se, desde essa altura, mas entre alguns contratempos até ao final da década de 60 do século XX, momento em que os Bombeiros locais, através do seu comandante, passaram a assumir a tradição. É então uma festa anual que se realiza no 2º fim-de-semana de maio, pois era também o mês em que os bens alimentares mais escasseavam na casa das pessoas.