O Programa de Eficiência Energética na Administração Pública “Eco.AP”, lançado pelo XVIII Governo Constitucional através da Resolução do Conselho de Ministros n.º2/2011, de 12 de janeiro, tem como objetivo alcançar um nível de eficiência energética de 30% nos organismos e serviços da Administração Pública até 2020, sendo esta eficiência atingida sem aumento da despesa pública permitindo ao mesmo tempo o estímulo da economia no sector das empresas de serviços energéticos.
Este programa tem como objetivo permitir que o Estado reduza os consumos de energia nos serviços e organismos, a emissão de gases com efeitos de estufa e contribuir para um maior estímulo da economia através do desenvolvimento de um enquadramento legal para a celebração dos contratos de gestão de eficiência energética, contribuindo assim para a concretização dos objetivos estabelecidos no Programa Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE) e do Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER).
Pretende-se também com este programa de eficiência energética desenvolver o sector das empresas de serviços energéticos (ESE), potenciando a criação de um mercado de serviços de energia com elevado potencial contribuindo assim para combater o desperdício e a ineficiência dos usos de energia em todas as suas vertentes, promovendo a alteração de hábitos e comportamentos, essencial para garantir o bem-estar das populações, a robustez e a competitividade da economia, reduzir a dependência energética e assegurar a qualidade do ambiente.
Para atingir os objetivos foi criado um procedimento específico de contratação pública que sendo mais ágil permite a celebração de contracto de gestão de eficiência energética com as ESE que estejam devidamente registadas e qualificadas para o efeito. Para ajudar a implementar este processo foram criados os critérios de elegibilidade para as empresas, com o objetivo de balizar as empresas já registadas como ESE, definindo dois níveis de qualificação com requisitos diferenciados de natureza técnica e financeira. Adicionalmente, foi também desenvolvido um caderno de encargos tipo, que é o referencial para o lançamento de procedimentos tendentes à celebração de contratos de gestão de eficiência energética.
Com vista a alcançar os objetivos propostos pelo Eco.AP está também prevista a existência de um Barómetro de Eficiência Energética, com o objetivo de caracterizar, comparar e divulgar o desempenho energético das diferentes entidades da Administração Pública. O Barómetro de Eficiência Energética tem papel central na estratégia de promoção da eficiência energética no setor público, permitindo conhecer em detalhe a estrutura de consumos de energia do setor público, e assim permitir apoiar a definição de políticas e medidas destinadas a promover o uso eficiente dos recursos energéticos no setor público.
Neste contexto, foi elaborado o PAEE de Tábua – Plano de Ação para a Eficiência Energética, com o objetivo de delinear metas e objetivos específicos de eficiência energética através da descrição energética do concelho, tendo em conta uma determinada baseline.
Os princípios fundamentais da realização de um PAEE municipal:
:: Compromisso dos stakeholders, em particular dos executivos municipais;
:: Identificação de oportunidades e aferição de potenciais;
:: Definição de prioridades e escalas temporais;
:: Soluções de financiamento;
:: Definição do plano, incluindo dashboard de indicadores de performance; e
:: Monitorização, avaliação e reelaboração.
As principais áreas de atuação são na maioria dos casos:
:: Iluminação Pública;
:: Edifícios/Instalações;
:: Transportes; e
:: Sistemas de produção e utilização de água.